Motivada por uma discussão em sala de aula, onde a professora solicitou que cada aluno descrevesse o outro colega eu me coloquei a pensar:
“- QUEM SOU EU!?!”
“- Eu sou a Lorena Bezerra, oras!!!”
“- Quem diabos é Lorena Bezerra!?!”
Eis a questão… quem é essa “Lorena Bezerra”!?! O que ela pensa!?! O que faz!?! Com o que sonha!?! Quais seus medos!?! Quais seus anseios!?! Que dores carrega dentro de si!?! O que a faz sorrir!?!
Sempre gostei de ver cada indivíduo como um “universo”… Único, desconhecido, curioso e encantador. E que “universo” eu seria!?! Que cor teria!?! O que atrairia!?! Quem nele habitaria!?! Não sei!!! Passei tanto tempo observando outros “universos”, os estudando, tentado entende-los, ajudando-os que esqueci que também sou um!!! Esqueci que é importante saber quem sou para SER no mundo!!!
Assustador pensar que vivemos uma sucessão de dias, tão cheios de coisas, afazeres, fazeres, prazeres, que esquecemos de pensar em NÓS, no que somos, o que queremos, o que seremos!!!
Agora me sinto como se meu trêm tivesse partido da estação e estivesse a todo vapor rumo ao, ao, aoooo, hummmm, não sei rumo à onde ou ao que!!! Não me sinto aproveitando essa viagem… Não observo as paisagens por onde passo. Não me deleito da companhia dos que estão em meus vagões, não aproveito as noites silenciosas à luz da lua ou em plena escuridão de um céu sem ela. Apenas passo por todas as estações as quais preciso passar. Mantenho-me em movimento por pura e simples necessidade. Pq mesmo heim!?! Você sabe!?! Eu não sei… não sei mesmo!!!
Não posso negar que é mais fácil viver assim sem “tatear” os reais sentimentos que carrego dentro de mim. Se distanciar de nós mesmos (confuso não!?!) não tendo que encarar nossos medos, problemas, anseios e demais coisas que por vezes doem e incomodam só por estar ali!!! Você prefere lidar com aquele ferimento ali, aberto, em carne viva, olha-lo todos os dias e então achar reais soluções para que ele se cicatrize ou opta por colocar um curativo, uma roupa que o cubra para que você não o veja e só se lembre quando algo ou alguém o atinge fazendo-o doer e sangrar ainda mais!?! Muitos de nós optam pelo curativo. Parece a saída mais rápida, menos dolorosa. Acreditamos não ter tempo no dia-a-dia para curar nossas feridas, não podemos dispor da atenção necessária para isso… é o trabalho que nos chama, os parceiros ao qual temos que dar atenção, os pais que precisam de nós. São tantos motivos, tantas desculpa, tantos issos e aquilos e convenhamos, cuidar dessas feridas DOI!!!!!! Dói muuuuuuuuuuuito!!! Assumir cada uma delas, tirar os curativos que durante muito tempo as esconderam… dói… Mas como vou saber quem sou sem as encara-las!?! Como vou SER se não sei quem sou!?! Acredito que o ponto de partida dessa jornada é encarar cada uma dessas feridas, não mais as esconder…
Sim, “eu perdi o meu medo da chuva*”, perdi o medo de olhar para dentro de mim, o medo de assumir as minhas feridas, o medo se ser EU!!!
* MEDO DA CHUVA – RAUL SEIXAS ( http://letras.mus.br/raul-seixas/48316/ )
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